Meus portões estão sempre abertos... Quem entra? Distraído de mim, não questiono quem vem... tantas diferenças perco referências... Prefiro a surpresa, o novo e o velho, o que vier. Aprendi a considerar, mais que escutar Então venha, seja quem for, seja bem vindo, caminhemos juntos. Desperto antes do Sol, até o primeiro raio atingir-me os olhos, aí viro concreto entre pássaros, e também canto
Como posso estar ausente? Sou gente, amor e a vida estão em mim... Nada me escapa, fugir não consigo, volto sempre ao leito, rio que segue sonhando seus contornos, suas quedas, vazantes, secas. Fui fonte, riacho, recebi visitas marcantes, influentes afluentes, cresci largos leitos, até amar... Fui sereno, garoa, chuva, tempestades, aprendi a importância dos pingos na terra dos raios na escuridão, nada me escapou de tudo escapei. Sigo com a história nas mãos perto da foz, consciente do fim, as marcas de ter feito sua parte no grande encontro de tudo, eu no meio ambiente. Quem ouve as águas levando mansidões sabe dos encontros...